TRADUZINDO O COVID-19: A CARACTERÍSTICA IMUNOLÓGICA QUE PODE PERMITIR A REINFECÇÃO VIRAL
Um caso sugere que níveis decrescentes de anticorpos ou uma resposta imune ao SARS-CoV-2 mal desenvolvida podem colocar as pessoas em risco de reinfecção.
Em março, um residente sexagenário de uma casa de repouso desenvolveu pneumonia grave e testou positivo para o novo coronavírus. O indivíduo passou mais de um mês hospitalizado antes de testar negativo. Em julho, voltou a apresentar resultado positivo, com sintomas mais leves como tosse e falta de ar.
A análise genômica de Jason Goldman, da University of Washington em Seattle, e seus colaboradores (J. D. Goldman et al. Preprint at medRxiv https://doi.org/fbvj; 2020) mostrou que esses foram dois eventos de infecção separados. A equipe também descobriu que após a segunda infecção, o indivíduo produzia apenas uma pequena quantidade de anticorpos, e que esses diminuíam com o tempo. A pessoa pode ter tido uma resposta semelhante à primeira infecção, o que poderia explicar o porquê de o indivíduo não estar protegido contra a segunda infecção, dizem os autores.
A equipe também mediu, em um paciente, os anticorpos neutralizantes , que protegem as células contra infecções. A pessoa apresentou níveis mais baixos desses potentes anticorpos contra a versão do SARS- CoV-2 que causou a primeira infecção do que contra a versão que causou a segunda.
Os pesquisadores dizem que essas medições fornecem uma referência útil para níveis de anticorpos que não protegem contra a reinfecção. O estudo ainda não passou por revisão paritária.
Disponível em: https://www.nature.com/articles/d41586-020-00502-w. Acesso em: 12 out. 2020
Curso de Letras
Rosana Budny
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