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Abril
13
2021

Cesta básica em Dourados fechou com pequeno aumento em março

  Atualizada: 13/04/2021
O valor da cesta básica do mês de março, comparado com o mês de fevereiro, apresentou aumento de 0,17%, é o que constata a pesquisa desenvolvida pelo projeto de extensão Índice da Cesta Básica do Município de Dourados, do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia da Universidade Federal da Grande Dourados (FACE/UFGD), realizada na última semana do mês de março e primeira de abril de 2021.
 
Os produtos que compõem a besta básica, conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e de acordo com a Lei Nº 399 que estabelece o salário mínimo são: açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão francês e tomate. Em fevereiro, os preços da cesta básica com estes produtos ficaram em R$ 546,01, o que significa 49,64% do salário mínimo, que foi de R$ 1.100,00. Já no mês de março, o trabalhador douradense teve que destinar uma quantia um pouco maior para o mesmo fim: R$ 546,92, o que equivale a 49,72% do salário mínimo.
 
Ainda segundo o DIEESE, comparado com a capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, onde o preço em março foi de R$ 552,99, a cesta douradense foi um pouco menor, mas com relação a outras 7 capitais, o preço em Dourados foi maior, sendo elas: Fortaleza (CE), Belém (PA), João Pessoa (PB), Natal (RN), Aracajú (SE), Recife (PE) e Salvador (BA).
 
Enquanto isso, no âmbito nacional, o maior preço da cesta nacional no mês de março foi registrado em Florianópolis (SC), com R$ 632,75; seguida por São Paulo (SP), com R$ 626,47; e a terceira capital com maior preço foi Porto Alegre (RS), com R$ 623,37. O valor da cesta em março teve queda em 12 das 17 capitais do país onde é realizado o estudo, conforme constata o DIEESE. Os menores preços, no mês de março, foram encontrados em Aracajú, com R$ 468,79; Recife, com R$ 461,33; e a cesta básica com o menor preço no Brasil foi registrado em Salvador, com R$ 461,28.
 
O resultado dos preços da Cesta Básica é um indicador muito importante para toda a economia brasileira, já que reflete a situação dos preços no setor de alimentos. A partir da Constituição Federal de 1988, o trabalhador brasileiro deve trabalhar 220 horas mensais. Fazendo um comparativo, em fevereiro, um trabalhador douradense teve que trabalhar 108 horas e 36 minutos para adquirir uma cesta. No mês seguinte, este mesmo trabalhador precisou de um tempo um pouco maior para comprar alimentos: 108 horas e 23 minutos, o que representa perda do poder de compra.
 
ITEM POR ITEM
 
Dos 13 produtos que compõem a cesta básica, foram 6 os que apresentaram aumento no mês de março em Dourados: banana, com o maior aumento, chegando a 8,00%; feijão, com 6,90% de aumento pelo terceiro mês consecutivo; leite, com 3,71%; e açúcar, com 2,08% de aumento pelo segundo mês seguido. Outros produtos que tiveram aumento de preços foram óleo de soja com 1,44% e manteiga, com 0,62%.
 
Já os 5 produtos que registraram queda, comparados com fevereiro, foram: batata, com queda expressiva de 18,15%; farinha de trigo, 5,70%; tomate, com 3,15%; arroz, com 1,64%; e carne, com 0,05%. O pão francês e o café não sofreram variação de preços. A elevação dos preços dos combustíveis pode refletir nos preços dos produtos pois Dourados se abastece de outros grandes centros de distribuição, como Curitiba e São Paulo, principalmente em hortifrutigranjeiros.
 
A equipe do projeto de extensão recomenda aos consumidores douradenses que façam pesquisa nos diversos supermercados da cidade. A pesquisa constatou que o supermercado que praticou o preço mais elevado da cidade foi de R$ 593,05 e o menor, R$ 500,98. Outra sugestão é verificar, também, os levantamentos realizados pelo PROCON do município, que divulga, no início de cada mês, os nomes dos estabelecimentos e os preços praticados em cada produto.
 
Levando em consideração a determinação da Constituição, que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas do trabalhador brasileiro e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Dessa forma, em fevereiro de 2021, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 5.375,52, 4,89 vezes mais do que o mínimo vigente (R$ 1.100,00). Em marços, o valor necessário deveria ser de R$ 5.315,05, isso significa 4,89 mais que o atual.