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A Faculdade Intercultural Indígena (FAIND/UFGD), criada no ano de 2012 através da portaria nº 435 de 21 de maio de 2012, publicado no Diário Oficial da União em 29/05/2012, se insere numa perspectiva de formar estudantes que atuem na educação junto aos povos do campo, quilombolas e indígenas do Mato Grosso do Sul, considerando como perspectiva a interculturalidade na organização dos cursos a serem oferecidos e regime de alternância. É na FAIND que as licenciaturas indígenas (criada em 2006) - com habilitação nas áreas de Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Matemática - e a Educação campo (criada em 2013)– com habilitação nas áreas de Ciências da Natureza e Ciências Humanas – estão lotadas. Ambos os cursos foram instituídos como uma resposta à ação dos movimentos sociais do campo e das comunidades indígenas que pressionaram o Estado no intuito de conseguirem inserir seus jovens no espaço acadêmico. No que diz respeito à legislação, o movimento da Educação do Campo acumulou, a partir de suas diversas lutas (nacionais, estaduais e municipais), um conjunto importante de instrumentos legais que reconhecem e legitimam as lutas dos trabalhadores do campo, uma condição necessária para que a universalidade do direito à educação se exerça, respeitando as especificidades dos sujeitos do campo: Diretrizes Operacionais para Educação Básica nas Escolas do Campo: Resolução CNE/CEB n° 1/2002 e Resolução CNE/CEB n° 2/2008. Parecer CNE/CEB n° 1/2006 que reconhece os Dias Letivos da Alternância; Resolução CNE/CEB n° 4/2010 que reconhece a Educação do Campo como modalidade específica e define a identidade da escola do campo; Decreto n° 7.352, de 4 de novembro de 2010, que dispõe sobre a Política Nacional de Educação do Campo e sobre o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) (FONEC, 2012). Já a Licenciatura Intercultural Indígena, o curso responde a uma demanda específica dos povos Guarani e Kaiowá, conforme a RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 5, DE 22 DE JUNHO DE 2012 a qual define critérios para a formação dos professores indígenas para atender a educação básica de forma diferenciada e específica, seguindo as “Diretrizes Curriculares Nacionais” (art. 6º). Este Curso tem como objetivo habilitar os professores Guarani e Kaiowá, em nível superior de licenciatura, para o atendimento à Educação Escolar Indígena, conforme preconiza a Lei, nos níveis do Ensino Fundamental (anos finais) e Médio, nas modalidades da Educação Básica, especialmente nas escolas de suas comunidades, tanto na docência como na gestão escolar. Diante do exposto, tem-se que os referidos cursos possuem um público alvo extenso e com grande capacidade de demanda nos processos seletivos de vestibular. De 2012 para cá foram mais de 300 acadêmicos indígenas formados na Licenciatura Indígena e 30 acadêmicos na Licenciatura em Educação do Campo ( 1ª turma de formando este ano, de um total de 250 matriculados). Todos os cursos funcionam na modalidade de alternância, condição fundamental para a presença de estudantes oriundos de comunidades geograficamente distantes dos grandes centros e por isso historicamente excluídas do ensino superior. Além da demanda em pós graduação constituída pelos formandos nas licenciaturas da FAIND, pode-se destacar a importância de uma proposta de mestrado interdisciplinar dada a capilaridade de seu corpo docente e discente, lotados em cursos com uma profunda matriz interdisciplinar. De fato, tanto a LEDUC, como o TEKO, são cursos que já nascem numa perspectiva interdisciplinar em que as ciências da natureza e as ciências humanas dialogam entre si na formação dos estudantes, visando, sobretudo, buscar a unificação do sujeito na relação com o meio social com o qual está inserido. Portanto, a criação de um curso de mestrado visa preencher essa lacuna na formação de nossos estudantes indígenas e camponeses do Mato Grosso do Sul que estudam tanto na UFGD como em outras universidades, além de fortalecer a graduação, na medida em que os discentes que participam de pesquisa poderão aprofundar seus conhecimentos em um curso de pós-graduação. A conquista de territórios indígenas e camponeses nas últimas décadas, demandam estudos que apontem novas formas de gestão que assegurem a sustentabilidade sócio ambiental e autonomia das comunidades. Vale destacar que a proposição de um mestrado para egressos destas licenciaturas, funcionando também em regime de alternância (vide informações complementares), configura uma estratégia fundamental para a ampliação da pesquisa em pós graduação na perspectiva de interiorização dos centros de pesquisas. No Mato Grosso do Sul existem apenas 6 programas interdisciplinares, de 32 na região centro oeste. Programas com proposta em alternância para populações do campo e indígenas existem apenas 3 em nível nacional, o que aponta para a grande demanda acumulada. Esta elevada proporção de doutores no quadro docente também é evidente na Faculdade Intercultural indígena, em que o curso de Licenciatura em Educação do Campo e o Teko possui 16 Doutores, destes 7 pós-doutores. Salienta-se, também, parte integrante do corpo docente envolvido nessa proposta de criação do mestrado em “Educação e Territorialidade” possui experiência em curso de mestrado acadêmico e/ou doutorado, orientação de PIBIC, participam de grupos de pesquisas cadastrados na plataforma lattes e em parceria com outras universidades, como a UFMS, UFSCar, UNB, UNIOESTE, UNESP, Fundação Oswaldo Cruz, UNICAMP e USP e possuem publicações relevantes nas suas respectivas áreas de atuação.


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