acessibilidade

      A ideia de digitalizar o acervo do JOP nasceu há 10 anos, em 2009, por iniciativa do próprio Jornal, em especial, de seu funcionário Genivaldo Pinheiro de Andrade, que durante alguns anos também foi servidor da UFGD. De 2009 a 2013 foram feitas tratativas para implementar parcerias que pudessem viabilizar oL trabalho; isto foi conseguido apenas em 2013, quando foi celebrado o Acordo de Cooperação 05/2013, firmado entre a UFGD na Gestão do Profº Drº Damião Duque de Farias, por meio do Centro de Documentação Regional/FCH (CDR) e a empresa O Progresso.
      Com o referido Acordo, foi estabelecido um Comitê Gestor para administrar o Projeto; esse grupo foi composto por servidores e servidoras da UFGD, equipe do CDR e da Faculdade de Comunicação, Artes e Letras. Uma das primeiras ações foi a contratação dos seis bolsistas de graduação. O passo seguinte foi o trabalho de higienização dos primeiros números do jornal, iniciado em 9 de julho de 2013, concomitante ao treinamento da equipe para lidar com o processo de digitalização e tratamento das imagens, efetuado pelo servidor Genivaldo Pinheiro de Andrade, que ocorreu a partir do dia 18 de julho de 2013.
      O transporte do material a ser trabalhado foi efetuado por uma equipe do Jornal, que os volumes encadernados a serem trabalhados trazia até o CDR e os levava de volta ao serem liberados. No CDR foi preciso desmembrar os volumes encadernados, como única forma de permitir a visualização das faixas situadas junto às costuras. Em seguida, as folhas soltas eram devidamente higienizadas, antes de serem submetidas ao processo de digitalização. Os exemplares já digitalizados não mais foram encadernados e sim devidamente empacotados e devolvidos ao jornal. Os trabalhos iniciaram-se pela coleção do jornal O Progresso publicado em Ponta Porã, na década de 1920, e posteriormente, iniciados a partir de 1951, quando o periódico foi recriado em Dourados.
      O projeto encerra-se em 2019, na Gestão da Profª Drª Liane Calarge tendo digitalizado 54 anos de edições, de abril de 1951 a agosto de 2005, sendo que a partir desta última as edições do JOP já passaram a somar a versão digital em PDF.
      O Jornal se transformou em sua materialidade ao longo do tempo. Em sua primeira década, por exemplo, possuía uma média de 4 páginas e era semanal; já nos primeiros anos da década de 2000, contava com uma média de 32 páginas, sendo diário. Ao todo, foram digitalizadas mais de 145.500 páginas, cerca de 90 GB de arquivos em PDF.
      Vale ressaltar que o JOP sempre foi uma das principais fontes de pesquisa solicitadas no Centro de Documentação Regional da UFGD, que também possui um acervo impresso do periódico, já que este serve de apoio para estudos nas mais diversas áreas do conhecimento. Consulta essa que foi consideravelmente ampliada já nos primeiros meses de atividade do Projeto.
      O desenvolvimento do Projeto foi motivo de elogios durante esses anos, não apenas pela comunidade acadêmica, mas pela população em geral que também consulta o periódico tanto na UFGD como na sede do próprio jornal. O interesse pelo JOP vai além da pesquisa científica, pois regularmente pessoas com interesses familiares, afetivos, trabalhistas e judiciais acessam o acervo digital, já que o JOP sempre abarcou uma multiplicidade de eventos, temáticas.
      Curiosamente, na data de oficialização do encerramento do Projeto, um cidadão vindo de Ribeirão Preto/SP esteve na sede do Jornal para consultar o periódico, já que estava em demanda judicial e buscava informações sobre a construção de um conjunto habitacional na cidade nas décadas de 1970 e 1980. Vale frisar que atualmente há uma pesquisa de doutoramento em História (UFGD) e uma de mestrado em Estudos da Linguagem (UNICAMP) em andamento, exclusivamente a partir do acervo digital.
      Em âmbito acadêmico, é o registro de conhecimentos incalculáveis. Conhecimentos acessíveis à comunidade douradense, ao estado de MS e a qualquer lugar do mundo, considerando uma das potencialidades do documento digitalizado, que  é a facilidade e rapidez para a consulta de uma fonte documental, o JOP. Nesse sentido, vale ressaltar a iniciativa da empresa O Progresso em buscar a Universidade para realizar a tarefa e, em especial, em deixar o acervo público, disponível para ao público em geral.
      Foram seis anos de trabalho coletivo. De forma regular/contínua atuaram cerca de 20 pessoas, entre a equipe efetiva do Projeto, composta por Genivaldo Pinheiro de Andrade, ex servidor da UFGD e ex funcionário do próprio JOP, Profº. Drº Paulo Roberto Cimó Queiroz, Profº. Drº Rogério Silva Pereira, Profº. Drº Carlos Barros Gonçalves, Bibliotecária Ivanir Martins de Souza e Bibliotecária Flávia Pelegrinelli, servidoras da UFGD, acadêmicas e acadêmicos de diversos cursos de graduação que ao longo dos seis anos integraram a equipe como bolsistas do Projeto, financiados pelo JOP e pela UFGD. Atualmente, o Projeto conta com o estagiário Anderson Aparecido Santos da Silva, acadêmico do curso de Geografia UFGD.
      Outrossim, indiretamente ou de forma esporádica, muitos outros/as acadêmicos/as de graduação e pós-graduação, além de servidores da UFGD e funcionários/as do JOP, contribuíram com trabalhos ou no atendimento às necessidades e imprevistos ocasionais.
      O próximo desafio é disponibilizar todo o acervo on line, de maneira a facilitar ainda mais o acesso das pessoas interessadas.
      Todo o acervo é público e pode ser consultado na sede do Centro de Documentação Regional, localizado na Unidade II da UFGD, ao lado do prédio da Faculdade de Ciências Humanas, da qual faz parte. Informações e consultar aos guias do acervo do CDR podem ser obtidas:

https://www.ufgd.edu.br/setor/cdr/index
https://www.facebook.com/cdrfchufgd/
telefone: 67-3410-2315
cdr@ufgd.edu.br
 

Imagem do jornal O Progresso